quarta-feira, 21 de abril de 2010

Uma imagem nem sempre vale mais que mil palavras.

Já houve alturas em que não sabia viver sozinha, e agora não sei viver com alguém.
Manter uma conversa com alguém dói, quase como uma tortura, em que milhares de agulhas são espetadas nos pontos mais sensíveis do nosso corpo.
Peço-vos que imaginem um quadro. Preto. Preto da solidão desejada, do vazio que agora me governa. Agora façam um ponto branco no meio, quase imperceptível, pequeno, mas não fraco, reduzido a si mesmo, mas não necessariamente infeliz.
Se alguém, algum dia, fizesse um quadro destes, seria um corajoso. As criticas seriam péssimas; ninguém iria conseguir perceber o seu significado, e provavelmente nem se davam ao trabalho de encontrar o ponto branco, e se o encontrassem, iriam interpreta-lo como uma falha do pintor.
Mas se alguém pintasse um quadro, exactamente com o mesmo significado, e substituísse o preto pelas mais variadas cores, esse sim, seria aquele reconhecido. Acho que as cores transmitem sempre qualquer coisa a quem observa, mas quando variadas, não uniformes.
Talvez por isso, como um pintor tenta enganar quem aprecia os seus quadros, eu tento enganar quem me "aprecia" a mim.

Agora cada um tira as suas conclusões.

1 comentário:

  1. Acabaste de me dar um mau pensamento. Um agulha espetada no meu clítoris. AU :|
    Eu cá gosto muito de preto :)

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