quarta-feira, 30 de junho de 2010

It, r.



Nao conheço praticamente nada ha minha volta. As ruas sao perfeitas, mas com muitos caminhos por optar; é, sem duvida, muito facil de te perderes sem dares conta. Perto de minha casa tinha medo, mas aqui, longe, nem por isso. Aqui, o meu fraco sentido de orientaçao nao me assusta nem um bocadinho.
Saio de casa, e vou dar uma volta, sozinha. E nao tenho medo que se venham meter comigo, que me aconteça alguma coisa. Nao sei, aqui é tudo tao simples, e ao mesmo tempo perfeito.
Ja andava a precisar deste sentido de liberdade e descontraçao. Aqui é tudo tao vivo, pessoas sempre com sorrisos na cara, prontos a ajudar. Aqui, passe os dias que passar na rua, nunca vou conhecer tudo. Daqui em frente, vou passar cada vez mais tempo aqui, cada vez com mais liberdade. Ja esta combinado.
Entretanto, olho a minha volta e penso 'quem me dera pertencer a este mundo'. E a seguir afirmo 'um dia vou pertencer'.

ITALIA

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Vejo pessoas à minha volta que não vivem sem partilhar. Como eu odiava viver assim.
O quanto sabe bem ser livre, não ter justificações a dar, não contar com mais ninguém sem ser eu mesma, não sofrer pelo que dizem, fazem ou mostram, nem sequer ter a preocupação de me lembrar disto e daquilo porque o outro acha importante.
Não preciso necessariamente de alguém com quem partilhar a minha vida.
Dá um certo jeito sim, mas não sei dividir as coisas por dois. Não sei quando devo admitir que tenho culpa, nem fazer de conta que tenho. Não sei dizer uma ligeira mentira para provocar um ligeiro sorriso, ou dar a atenção suficiente que essa pessoa diz merecer.
Preocupo-me com as pessoas sim, mas a partir do momento em que essa preocupação é retribuída, deixo de lhes dar tanto valor.
É estúpido sim, e eu? Eu também sou estúpida sim*

sábado, 19 de junho de 2010

16-11-22/18-06-10

Sei que não gostavas de homenagens, não faziam sentido para ti, mas desculpa, és/eras o meu maior ídolo.
Nunca te pôde ver, e o meu maior sonho era um dia falar contigo, quer dizer, falar não, ouvir-te. Iria ser incapaz de te acompanhar, és/eras culto demais para isso.
Mudas-te a minha visão do mundo, mudas-te, acredita. À medida que avançava as páginas dos teus livros, a minha consideração por ti aumentava, e há coisas que escreveste que nunca me vou esquecer. Não concordo/concordava com todos os teus ideais, mas respeito/respeitava, como todos o deveríamos fazer.
Mudei, mudei muito por ti. Sei que agora que te foste, te vão dar o devido valor, porque infelizmente, só sabemos o que temos quando o perdemos. Vejo na tv pessoas que falam de ti e nem te conhecem, pessoas que dizem que agora sim vão ler as tuas obras, e deixa-me um pouco transtornada. Se não liam antes vão ler agora para quê? Para dizerem que são portugueses e gostam muito de ti, que ganhaste o prémio nobel da literatura e que serás sempre dos melhores homens deste planeta? Não vale a pena, a sério.
Ainda não me habituei à ideia de que te foste, se calhar pelo simples facto de sempre ter pensado que nunca partirias.
Uma ultima coisa, um dia quero ser como tu, lutar até ao fim pelo que quero e gosto, e não ligar às criticas dos outros, por mais duras que sejam, não me deixar ir abaixo, e acreditar sempre que é possível.
Não chega, mas MUITO OBRIGADO.

"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais."

JosédeSousaSaramago


terça-feira, 15 de junho de 2010

fy

Epá, ando sem paciência, deixem-me!
Não ando com vontade de arranjar stress's nem de ceder a esquemas, peço desculpa.
Ainda bem que vêm aí as férias, vou sair desta merda de rotina, vou deixar de ouvir sempre a mesma merda de queixas, de ter sempre as mesmas falsas expectativas.
Estas férias vão ser diferentes. Vou esquecer que tenho internet e telemóvel, e vou apenas ser eu, longe de tudo e todos.
Já chegou a altura de ser forte e aceitar que o meu lugar, é sozinha.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Volta, voltas?

Apago tudo à minha volta. É tarde, há aquele silêncio penetrante e aquela paz que nunca encontras.
Sinto aquela vontade de me agarrar ao que não tenho, de sonhar com o que, por agora, não posso realizar.
Não sei, não estás cá. Não sei se quero partir ou ficar, pelo simples facto de não saber como te ajudar.
Daqui a duas semanas, quando estiver naquele avião, vou fazer aquele esforço para conter as lágrimas. Quando chegar lá e não estiveres lá para me ajudar, vou entrar em pânico. Sem ti para brincar, fazer piadas sobre tudo e todos, vai ser difícil. Voltar aquele aeroporto, aquela cidade, sem as tuas explicações.
Deves ser das únicas pessoas que me apoia a 100%, naquele sonho que costumava falar e falar, e fazer planos a toda a hora, todos me diziam 'tens a certeza? tens coragem para isso?', tu não, olhavas para mim e dizias só 'és a minha miúda, tu consegues tudo, e nunca deixes que duvidem de ti, tens mais força que eles todos juntos, e um dia vais saber o quanto gosto de ti'

amo-te*

sábado, 5 de junho de 2010

O dia chegou

Um dia vais-te arrepender de tudo o que não fizeste, vais pensar nas muitas oportunidades que desperdiças-te, no tempo que tinhas para ser feliz e não o fizeste. Vais dar por ti acordado, a relembrar momentos em que abusaste, em que foste punido injustamente, em que te levaste ao extremo.
Vais retomar pessoas do passado, vão haver umas só com caras, outras só com nomes, mas vais-te lembrar dum bocado da história de cada um, vais-te lembrar de como se cruzaram as vossas, e vais-te perguntar como será que estão agora. Vai chegar o dia em que desejas poder voltar atrás e pegar naquilo que amas, e lutar, porque não o fizeste enquanto podias.
Vais olhar para trás e condenar a besta que foste por dares o que deste a quem deste, e não dares o que não deste a quem não deste. Vai chegar o dia em que vais sentir que todos te deixaram, ou que então deixaste todos.
Vai chegar o dia em que parece que apagaram o teu caminho, em que não sabes mais quem és, que andas a fazer; olhas para a frente e não há nada mais para ver, não há mais nada à tua espera.
Quando esse dia chegar, faz a maior loucura que te vier à cabeça. Grita onde estiveres, corre, sente o que ainda tens a sentir, abre a tua mente, compensa o passado no presente, acredita que ainda há um amanhã.
Nesse dia, não vais ter mais que te arrepender, chegaste ao fim da corrida. São poucos os que ainda arranjam forças para correr depois, e são ainda menos aqueles que se apercebem de que o dia chegou*

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Recordações

Hoje foi dia de recordações. Peguei em todos os nossos álbuns, levei-os para cima da cama e estive uma eternidade a vê-los.
Não sei, mas nunca tiveste dificuldade em compreender-me. Mesmo estando errada, mesmo que me avisasses e eu não ouvisse tu nunca deixavas de lá estar.
Acho que só chorei a sério à tua frente uma vez, e tu abraçaste-me com tanta força, disseste que não era o fim do mundo, que juntos iamos ultrapassar. Sabes, preciso disso outra vez.
É verdade, muitas vezes não quis, mas tive que te dar razão. Muitas vezes não quis ir contigo e tu nunca me obrigaste. Muitas vezes trocava-te por qualquer coisa, e tu, mais uma vez, compreendias-me.
Eu olho para as fotos e por mais felizes que sejam os momentos nelas retratos, eu choro, porque sei que isso pode nunca mais voltar. Nada dói mais que a tua ausência.
Sei que estás a fazer progressos, e eu mal posso esperar que as aulas acabem, porque quando isso acontecer, eu prometo que vou estar todos os dias ao teu lado, vou-te dar a mão, como já me deste a mim, vou-te dizer o quanto te amo e não sei viver sem ti, vou finalmente retribuir-te todo o carinho que rejeitava quando estavas comigo.

Eu, que odeio fotografias, fui buscar uma moldura e pus lá uma nossa.
Alemanha, eu a sorrir ao teu lado, como eu amo esses olhos azuis (L)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pouco me importa

Por mais que queira, por mais que tente, que lute, que sonhe em alcançar, eu estou no fundo e não creio na possibilidade de me levantar.
Pareço uma pita mimada, epa que se foda, se calhar até sou, só sei que não sei viver sem ti, e basta pensar em ti, em nós, no que desperdicei, no tanto que ficou por dizer para comecar a chorar, sem parar.
Não sei exprimir a falta que me fazes, anseio pelo dia em que voltas a entrar pela porta do meu quarto, e me voltas a abraçar e eu volto a dizer 'então? já tinha saudades tuas'*