quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Vá, diz-me que não consigo. Diz-me o quanto sou fraca, e relembra-me de tudo o que não sei fazer sozinha.
Fala-me dos perigos que vou correr, e da falta que isto aqui me vai fazer.
Ignora os meus argumentos e arranja algum forte para me deitar abaixo.
Fá-lo agora, e daqui a 5 minutos faz de conta que não disseste nada. Sabes como funciona, e não sou capaz de me contrapor a ti.
Aproveita-te disso.
Agora.
Uma ultima vez.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

7 meses

Podes vir agora, a sério. Acorda-me e relembra-me que ainda estou no meu quarto de Lisboa. Que ainda não chegámos a 2010. Que hoje me vais levar a jantar fora. Grita para eu me despachar. Perde a paciência comigo; e no fim sorri. E conta-me histórias da oma, e tuas. Pergunta-me que quero comer. Se estou bem. Se gosto de ti. Eu reviro os olhos e tu lês-me por completo. 'Eu sei que gostas de mim'. 'Sim, sim'.
Pergunta-me que filme quero ver. Diz que temos os gostos parecidos. Durante a apresentação dos filmes que irão estar disponiveis brevemente, diz-me, 'gostava de ir ver este e aquele'. No final pergunta-me se gostei. Faz uns comentários e relaciona com qualquer coisa importante. Muda de assunto mil e uma vezes até parares o carro em casa.
Entramos. Antes de cada um virar costas e ir para seu lado tu abraças-me. Eu não consigo e confesso 'gosto muito de ti'. Tu retribuis 'és a melhor coisa que tenho na vida, e é por ti e só por ti que vivo'
Acorda-me agora, por favor! E se quiseres estamos em 2010, e eu estou aqui, nesta cidade universitária, e tu vieste ver-me. Eu conto-te o terrivel pesadelo que tive. Tu vais provavelmente fazer mil e uma piadas sobre isso. Vais ver também que apesar de sorrir a minha cara continua preocupada. Dizes-me 'não tens que te preocupar pequenina. eu não deixo que isso aconteça tão cedo'. Eu vou-te dizer que não mandas, e tu vais responder. Vamos ter uma conversa interminavel que vai acabar com um longo abraço e com umas fortes palavras.
Já reparaste, eu nunca fiz tudo por ti, e neste momento não me sinto capaz de fazer qualquer outra coisa senão dar tudo o que tenho e tudo o que não tenho por ti e só por ti. Acorda-me anda, não aguento mais.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

É assim que me lembro de ti. Por partes. Desconjuntado. Foi uma espécie de amor, não o amor por inteiro. Ainda não sei quem deixou quem. Não é importante. O grande privilégio é ser dona de mim própria. Ou pelo menos julgar que sim. Acabo isto hoje para poder começar aquilo amanhã. E então sinto que avanço por um caminho só meu, feito por mim e para mim. Há muito tempo numa outra espécie de vida. Agora parece-me que ando às voltas e voltas e que já não há caminho direito que me leve a parte alguma.

Não creio que haja muito mais a acrescentar.

domingo, 12 de setembro de 2010

Hoje fizeste o dobro da falta que fizeste ontem. Acho que é porque amanha começam as aulas e eu preciso mesmo de ti. Se fosse mais um ano, como tantos outros, a esta hora estavas-me a confortar. 'Vai tudo correr bem. Só o primeiro dia é que custa'. Ias-me contar inúmeras histórias de infância, e íamos chorar a rir os dois.
Se fosse só mais um ano eu também não me iria preocupar muito e ligava-te de novo amanha e dizia que estavas certo. 'Nunca duvides da minha palavra, já te disse'. Se fosse só mais um ano ia-te dizer que raramente tens razão, e que escusavas de protestar. 'Oh, eu até gosto muito de ti'. Se fosse só mais um ano também te ia dizer pra te deixares disso, que 'sim sim, já sei'.
Mas este ano não é só mais um ano. Este ano é o ano em que preciso mesmo de ti. O ano em que fazes mesmo falta. O ano em que tudo iria mudar. O ano em que se pudesse deixava de ser a tua miuda para ser a tua senhora.
Podes ter a certeza que independentemente de tudo, e ainda mais, independentemente de não to poder dizer, os teus pensamentos, as tuas filosofias, os teus principios, vão ser sempre os primeiros da lista da minha vida.

Ah, e sem ti têm sido os piores 6 meses da minha vida*

domingo, 5 de setembro de 2010

2005

Aii, tenho saudades do inverno. Tenho saudades principalmente de ir a Berlim no inverno. Fomos lá uma vez juntos, lembro-me como se fosse ontem. Os copos de chocolate quente de dia e os bares tranquilos à noite, em que uma cerveja parecia que me dava quase para uma semana. Lembro-me de ver as bolhinhas a subir e de te perguntar 'está a crescer?', riste-te bastante.
Sentia-me protegida lá, como nunca mais me irei sentir. Tu traduzias-me todos os posters e os filmes da tv. Não sei como não te cansavas.
Queria acordar amanhã e voltar a esse ano. E dizer-te que sim a tudo, e não amuar e ter noção de que és o melhor do mundo.
Queria também que acordasses amanhã e me dissesses que está tudo bem, que sou a tua vida, e que nunca me irás deixar, mesmo a kilometros de distancia, como disses-te tantas vezes, tantos outros dias, há tanto tempo.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

I wish...

I look at those photos. Actually, I cannot stop staring at them. Oh, how i wish i could appear there. If only wishes count to anything.
Maybe it's because it is september. I am already felling depressed. How will I stand this year? Fuck! This is worst than that time you left. That one that i wished was the last. But as I said, if only wishes counted to anything. If wishes moved the world we would all be happy. We would all hated that too. Wich means that with or without wishes realized our life sucks.
I wish I could truely smile, and say that I don't need nothing more than what I have to be happy. I wish I could just live my dream tomorow. Yeah, maybe it will take longer than that.
'If she had wings she would fly away'. Yes I would.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Setembro

Estou finalmente a fazer uma coisa por mim. Cheguei à conclusão que também não o consigo fazer sozinha. Preciso de algum apoio. O que também descobri é que não me faz diferença quantas pessoas me apoiam ou não. Sei que quem o fizer realmente me quer ver feliz, o resto é a cagar.
A partir de Setembro abre-se um novo capitulo na minha vida. Vou dar sentido aquela expressão 'a vida não faz sentido quando não tens nada por que lutar', que ouvi algures e me fez sentir verdadeiramente perdida durante uns anos.
Nunca tive nada por que lutar, é verdade. Agora tenho um sonho, e no que estiver ao meu alcançe vou realizá-lo.
Este ano vai ser o pior de sempre, vai mesmo. Vou lutar e lutar, e esforçar-me e dar tudo de mim e vai parecer sempre que não chega. E vou-me sentir na merda. E vou pensar em desistir. E depois vai chegar alguém, nem que esse alguém tenha que ser eu, que me vai chamar à razão e dizer 'vai tudo correr bem. esforça-te durante mais uns meses e vais ter o futuro que sempre sonhaste e mereceste. sempre conseguiste ultrapassar tudo'. Ai, como eu gostava que esse alguém fosses tu.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Chega (2)

Deves ter ouvido a minha mensagem de voz no dia a seguir, porque foi quando me ligas-te.
Ligas-te uma vez e não atendi. Tinha medo que arranjasses uma desculpa qualquer, para no fim chegar à conclusão de que te tinhas enganado no número.
Ligas-te uma segunda vez, estava no banho.
Ligas-te uma terceira vez, não ouvi.
Ligas-te uma quarta vez e quando estava mesmo, mesmo para atender, desligaste. Ao menos tornaste as coisas mais fáceis.
Passado uns minutos recebi uma mensagem no meu telemóvel. Não era tua. Respirei num misto de alivio e irritação. Era só a dizer que tinha uma nova mensagem de voz.
Liguei para o número apresentado. Quando ouvi a tua voz as minhas mãos tremeram, depois as minhas pernas. Decidi sentar-me. 'Não tem que ser assim. Eu amo-te', disses-te.
Pensava que resistia. Mentira. Já sabia que isto ia acontecer. Já sabia que bastava aquela mensagem, ou outra qualquer, para neste momento estares a beber o teu café, à minha frente, com o teu sorriso matinal, a perguntares-me, inocentemente, 'que é que estás a fazer?'.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Chega

São 9 horas. Tenho o telemóvel na mão. A indecisão acompanha com exactidão o ponteiro dos segundos do relógio. Endoideço. Telefono ou não, telefono ou não, telefono ou não? Merda!
Mando mensagem a várias pessoas da minha lista de contactos. Salto a tua inicial só para não passar pela tentação de clicar no teu nome e fazer enviar.
Fiz sempre tanta coisa desnecessária por ti.
Lembrei-me agora do que um dia me disseste: 'no dia em que não quiseres mais isto diz-me só que chega. Não voltarei a ligar, a aparecer sequer na tua vida', enquanto me abraçavas.
Num acto de coragem momentânea (sim, também tenho disso) liguei-te. Esperava que não atendesses. Não atendeste. Esperei pelo bip e deixei uma mensagem de voz: 'Chega meu amor, desculpa mas chega.'

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mudanças

O tempo não muda, a atmosfera não muda, a rotina não muda, eu não mudo.
Cansei-me. Mudei uma coisa. Mudei os meus pensamentos. Sim, não todos, mas alguns. Vejo isso já como um começo.
Agora quero mudar o resto. O tempo, a atmosfera, a rotina, mas principalmente, eu.
Delibero e deliberei sobre isto. Cheguei a uma conclusão. Vou-me embora. Isso vai mudar muita coisa, mais do que aquilo que quero, mas vai também mudar aquilo que mais quero. Vai-me mudar a mim.
Faltam poucos dias para saber se sim ou não. Não está dependente de mim. Quer dizer está. Dos meus conhecimentos, principalmente. Mas se estivesse totalmente dependente de mim, neste momento não estaria a escrever isto. Estaria a comprar o bilhete de avião, a preparar uma mala o mais rápido possivel com menos coisas possiveis. Quanto mais deixasse cá melhor. Não gosto nem disto, nem de mim, já disse. Quando sair, não me quero mais lembrar de quem era aqui.
Muitas vezes ouvi 'uma casa nem sempre é um lar', ao contrário de muitas outras expressões, sempre entendi esta, o que me encoraja ainda mais a sair daqui. Da minha casa, que não por culpa de quem lá vive, não é um lar.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ergui-me; trémula. Sentei-me. Olhei à minha volta e senti-me enjoada. Aquele quarto transpirava a ti. Pior, transpirava a nós.
Saí então de casa, mas, quase que como um movimento involuntário, peguei numa camisola tua. Um simples e estúpido movimento involuntário adquirido. No entanto, não me importei, no fundo ia fazer uma coisa que era nossa. Aliás, um hábito nosso.
Fui para a praia. Estava a chover, a praia estava vazia, o mar um pouco revoltado, mas não tanto como seria de esperar.
Lembro-me de passar estas manhãs frias nos teus braços. Não falávamos. Com o tempo fomos percebendo que as palavras só servem para magoar. Muitas vezes, trocávamos 5 frases por dia, mesmo assim eramos felizes. Ao contrário dos que nos rodeavam nunca precisámos de tempos para pensar, nem nunca perdemos a cabeça um com o outro. Parece que era simples de mais não é?
Agora estou sem ti, e não te culpo. Não culpo ninguém aliás. Dizias muitas vezes 'mais cedo ou mais tarde o fim aparece para tudo, mas a vida continua, às voltas, incerta, obriga-nos a viver toda a dor e felicidade, dia a dia, até nos deixar ela também'. Gozava bastante contigo, até ao dia em que percebi o que dizias.
Sinto-me ridicula. Volto a casa. Já não me sinto enjoada. Gosto de estar aqui, afinal.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Hoje levantei-me estranhamente cedo. A manha ainda mal se abrira.
Entrei no chuveiro e tomei um longo duche. Quando sai, nao peguei na toalha em cima da mesinha de madeira, limitei-me a calçar os chinelos e a ir para a varanda.
Olhei para a mesa onde costumavamos tomar o pequeno almoço juntos, e depois olhei a cidade. Como é incrivel este apartamento neste ultimo andar deste prédio. Incrivelmente, nao me lembro de uma unica discussao nossa nesta varanda. Deve ter sido mesmo o unico sitio.
Estava calor, e o pouco vento que pairava no ar, provocava uma estranha sensaçao de nao sei bem o que quando ia de encontro ao meu corpo. Era boa até.
Ja estava completamente seca, e o calor tinha-se tornado ja minimamente insuportavel quando decidi voltar para dentro. Deitei-me no sofa e liguei a televisao. Passei por todos os canais disponiveis e tive que a desligar. Nao podia acreditar que tudo me fazia lembrar de ti, desde os canais de desporto aos infantis. Diz-me, como conseguiste?
Dirigi-me entao ao que costumava ser o nosso quarto. Abri uma gaveta da comoda que partilhavamos, e vesti uma das poucas camisolas que ainda tinha tuas. Te-la vestida foi como ter-te junto a mim de novo.
Nao sei bem quanto tempo se passou, ja que fiz questao de tirar todos os relogios de casa e desligar todos os telefones, mas o sol ja estava bem alto no céu.
Fui fazer um cha e sentei-me no sitio que costumava ser o nosso sitio. Encostei-me à nossa parede, aquela que tantas noites preferimos ao quarto, para ficarmos abraçados, a falar, a contar segredos e a consolarmo-nos um ao outro.
Desde que te foste nada é igual. O meu cha nao sabe ao mesmo, dormir naquela cama ja nao é tao confortavel e o tempo parece que nao passa, acho mesmo que ficou preso naquela manha; por isso tirei tudo o que me fizesse dar conta dos minutos e das horas que ja passei sem ti, mas nem por isso deixa de parecer uma eternidade. No desespero de uma resposta tua pergunto bem alto, entre soluços, 'porque é que decidimos que isto era o melhor?'.
Inspirei bem fundo o perfume que ainda permanecia na tua camisola.

Acabou*

quarta-feira, 30 de junho de 2010

It, r.



Nao conheço praticamente nada ha minha volta. As ruas sao perfeitas, mas com muitos caminhos por optar; é, sem duvida, muito facil de te perderes sem dares conta. Perto de minha casa tinha medo, mas aqui, longe, nem por isso. Aqui, o meu fraco sentido de orientaçao nao me assusta nem um bocadinho.
Saio de casa, e vou dar uma volta, sozinha. E nao tenho medo que se venham meter comigo, que me aconteça alguma coisa. Nao sei, aqui é tudo tao simples, e ao mesmo tempo perfeito.
Ja andava a precisar deste sentido de liberdade e descontraçao. Aqui é tudo tao vivo, pessoas sempre com sorrisos na cara, prontos a ajudar. Aqui, passe os dias que passar na rua, nunca vou conhecer tudo. Daqui em frente, vou passar cada vez mais tempo aqui, cada vez com mais liberdade. Ja esta combinado.
Entretanto, olho a minha volta e penso 'quem me dera pertencer a este mundo'. E a seguir afirmo 'um dia vou pertencer'.

ITALIA

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Vejo pessoas à minha volta que não vivem sem partilhar. Como eu odiava viver assim.
O quanto sabe bem ser livre, não ter justificações a dar, não contar com mais ninguém sem ser eu mesma, não sofrer pelo que dizem, fazem ou mostram, nem sequer ter a preocupação de me lembrar disto e daquilo porque o outro acha importante.
Não preciso necessariamente de alguém com quem partilhar a minha vida.
Dá um certo jeito sim, mas não sei dividir as coisas por dois. Não sei quando devo admitir que tenho culpa, nem fazer de conta que tenho. Não sei dizer uma ligeira mentira para provocar um ligeiro sorriso, ou dar a atenção suficiente que essa pessoa diz merecer.
Preocupo-me com as pessoas sim, mas a partir do momento em que essa preocupação é retribuída, deixo de lhes dar tanto valor.
É estúpido sim, e eu? Eu também sou estúpida sim*

sábado, 19 de junho de 2010

16-11-22/18-06-10

Sei que não gostavas de homenagens, não faziam sentido para ti, mas desculpa, és/eras o meu maior ídolo.
Nunca te pôde ver, e o meu maior sonho era um dia falar contigo, quer dizer, falar não, ouvir-te. Iria ser incapaz de te acompanhar, és/eras culto demais para isso.
Mudas-te a minha visão do mundo, mudas-te, acredita. À medida que avançava as páginas dos teus livros, a minha consideração por ti aumentava, e há coisas que escreveste que nunca me vou esquecer. Não concordo/concordava com todos os teus ideais, mas respeito/respeitava, como todos o deveríamos fazer.
Mudei, mudei muito por ti. Sei que agora que te foste, te vão dar o devido valor, porque infelizmente, só sabemos o que temos quando o perdemos. Vejo na tv pessoas que falam de ti e nem te conhecem, pessoas que dizem que agora sim vão ler as tuas obras, e deixa-me um pouco transtornada. Se não liam antes vão ler agora para quê? Para dizerem que são portugueses e gostam muito de ti, que ganhaste o prémio nobel da literatura e que serás sempre dos melhores homens deste planeta? Não vale a pena, a sério.
Ainda não me habituei à ideia de que te foste, se calhar pelo simples facto de sempre ter pensado que nunca partirias.
Uma ultima coisa, um dia quero ser como tu, lutar até ao fim pelo que quero e gosto, e não ligar às criticas dos outros, por mais duras que sejam, não me deixar ir abaixo, e acreditar sempre que é possível.
Não chega, mas MUITO OBRIGADO.

"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais."

JosédeSousaSaramago


terça-feira, 15 de junho de 2010

fy

Epá, ando sem paciência, deixem-me!
Não ando com vontade de arranjar stress's nem de ceder a esquemas, peço desculpa.
Ainda bem que vêm aí as férias, vou sair desta merda de rotina, vou deixar de ouvir sempre a mesma merda de queixas, de ter sempre as mesmas falsas expectativas.
Estas férias vão ser diferentes. Vou esquecer que tenho internet e telemóvel, e vou apenas ser eu, longe de tudo e todos.
Já chegou a altura de ser forte e aceitar que o meu lugar, é sozinha.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Volta, voltas?

Apago tudo à minha volta. É tarde, há aquele silêncio penetrante e aquela paz que nunca encontras.
Sinto aquela vontade de me agarrar ao que não tenho, de sonhar com o que, por agora, não posso realizar.
Não sei, não estás cá. Não sei se quero partir ou ficar, pelo simples facto de não saber como te ajudar.
Daqui a duas semanas, quando estiver naquele avião, vou fazer aquele esforço para conter as lágrimas. Quando chegar lá e não estiveres lá para me ajudar, vou entrar em pânico. Sem ti para brincar, fazer piadas sobre tudo e todos, vai ser difícil. Voltar aquele aeroporto, aquela cidade, sem as tuas explicações.
Deves ser das únicas pessoas que me apoia a 100%, naquele sonho que costumava falar e falar, e fazer planos a toda a hora, todos me diziam 'tens a certeza? tens coragem para isso?', tu não, olhavas para mim e dizias só 'és a minha miúda, tu consegues tudo, e nunca deixes que duvidem de ti, tens mais força que eles todos juntos, e um dia vais saber o quanto gosto de ti'

amo-te*

sábado, 5 de junho de 2010

O dia chegou

Um dia vais-te arrepender de tudo o que não fizeste, vais pensar nas muitas oportunidades que desperdiças-te, no tempo que tinhas para ser feliz e não o fizeste. Vais dar por ti acordado, a relembrar momentos em que abusaste, em que foste punido injustamente, em que te levaste ao extremo.
Vais retomar pessoas do passado, vão haver umas só com caras, outras só com nomes, mas vais-te lembrar dum bocado da história de cada um, vais-te lembrar de como se cruzaram as vossas, e vais-te perguntar como será que estão agora. Vai chegar o dia em que desejas poder voltar atrás e pegar naquilo que amas, e lutar, porque não o fizeste enquanto podias.
Vais olhar para trás e condenar a besta que foste por dares o que deste a quem deste, e não dares o que não deste a quem não deste. Vai chegar o dia em que vais sentir que todos te deixaram, ou que então deixaste todos.
Vai chegar o dia em que parece que apagaram o teu caminho, em que não sabes mais quem és, que andas a fazer; olhas para a frente e não há nada mais para ver, não há mais nada à tua espera.
Quando esse dia chegar, faz a maior loucura que te vier à cabeça. Grita onde estiveres, corre, sente o que ainda tens a sentir, abre a tua mente, compensa o passado no presente, acredita que ainda há um amanhã.
Nesse dia, não vais ter mais que te arrepender, chegaste ao fim da corrida. São poucos os que ainda arranjam forças para correr depois, e são ainda menos aqueles que se apercebem de que o dia chegou*

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Recordações

Hoje foi dia de recordações. Peguei em todos os nossos álbuns, levei-os para cima da cama e estive uma eternidade a vê-los.
Não sei, mas nunca tiveste dificuldade em compreender-me. Mesmo estando errada, mesmo que me avisasses e eu não ouvisse tu nunca deixavas de lá estar.
Acho que só chorei a sério à tua frente uma vez, e tu abraçaste-me com tanta força, disseste que não era o fim do mundo, que juntos iamos ultrapassar. Sabes, preciso disso outra vez.
É verdade, muitas vezes não quis, mas tive que te dar razão. Muitas vezes não quis ir contigo e tu nunca me obrigaste. Muitas vezes trocava-te por qualquer coisa, e tu, mais uma vez, compreendias-me.
Eu olho para as fotos e por mais felizes que sejam os momentos nelas retratos, eu choro, porque sei que isso pode nunca mais voltar. Nada dói mais que a tua ausência.
Sei que estás a fazer progressos, e eu mal posso esperar que as aulas acabem, porque quando isso acontecer, eu prometo que vou estar todos os dias ao teu lado, vou-te dar a mão, como já me deste a mim, vou-te dizer o quanto te amo e não sei viver sem ti, vou finalmente retribuir-te todo o carinho que rejeitava quando estavas comigo.

Eu, que odeio fotografias, fui buscar uma moldura e pus lá uma nossa.
Alemanha, eu a sorrir ao teu lado, como eu amo esses olhos azuis (L)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pouco me importa

Por mais que queira, por mais que tente, que lute, que sonhe em alcançar, eu estou no fundo e não creio na possibilidade de me levantar.
Pareço uma pita mimada, epa que se foda, se calhar até sou, só sei que não sei viver sem ti, e basta pensar em ti, em nós, no que desperdicei, no tanto que ficou por dizer para comecar a chorar, sem parar.
Não sei exprimir a falta que me fazes, anseio pelo dia em que voltas a entrar pela porta do meu quarto, e me voltas a abraçar e eu volto a dizer 'então? já tinha saudades tuas'*

domingo, 16 de maio de 2010

Extremos

Bom, eu nos últimos tempos não tenho escrito grande coisa, verdade seja dita, e daí pus-me a pensar em como escrever um texto bonito, para ver se voltava ao que era. Mas depois veio a questão mais banal de sempre, como se escrevem textos bonitos?
Há textos que nos prendem, e que somos capazes de ficar com eles dentro de nós o resto da nossa vida, e não é por serem necessariamente belos, mas pelo sentimento que contém, porque se calhar naquela altura estamo-nos a sentir como o autor.
Há quadros que valem milhões, e têm um fundo azul com três pintas amarelas em cada canto. Todos pensamos 'aquilo até eu faço', mas a verdade é que nunca nos demos ao trabalho disso. Porquê? Porque talvez seja banal demais e pensemos que nunca ninguém olhará para aquilo. É por isso que nunca devemos pensar que o que fazemos é insignificante.
Assim, conclui que mais importante que as figuras de estilo e os adjectivos num texto, é o sentimento que colocamos nele. Talvez seja importante encontrar um equilíbrio entre eles. Pronto, é indispensável.
Mas como eu sou uma pessoa de extremos ora têm textos bonitos, ora têm textos com sentimentos.

'Amar-me seria ter pena de mim próprio'
eu não sei, mas acho que também conseguiria escrever isto.

sábado, 8 de maio de 2010

mjsjs

Ficou muito por dizer, desculpa, mas mesmo assim disse-te mais do que alguma vez tinha dito. Consegui não chorar à tua frente, fiquei feliz por isso. Fiquei feliz também por te poder tocar, falar contigo, saber que me estavas a ouvir, mesmo que não respondesses.
Foram 1000 km num dia, 500 deles a chorar, não foi fácil.
Já disse e não tenho problemas em repetir, e se pudesse, em realizar, eu queria trocar de lugar contigo.
Mesmo não podendo, eu sei que vais voltar, nem que eu tenha que fazer 1000 km sozinha a pé ou de joelhos. Eu juro que dou tudo por ti.
Nunca irás saber como estou, porque à tua frente vou ser sempre forte, mas cheguei ao fundo, e sem ti recuso-me a lutar para subir.

Pela milésima vez hoje, fazes-me falta, eu amo-te e preciso mesmo muito de ti!

domingo, 2 de maio de 2010

Se tu fores eu vou também

Se tu fores eu vou também. Sem ti nada faz sentido aqui.
Dizem que só damos valor às coisas quando as perdemos, mas eu não te quero, eu não posso perder-te! Não imagino a minha vida sem os teus telefonemas, sem as tuas brincadeiras, os teus abraços, os teus beijos. Sabes do que sinto mesmo muita falta? Daquela alegria que tinha quando entravas pela porta de casa, a alegria que tinha quando vinhas ao meu quarto e me acordavas com um beijo na testa. Sinto falta do piscar de olhos, da troca de olhares, das história intermináveis e dos segredos que partilhávamos.
Não imagino a minha vida sem ti, talvez porque não exista. Já sabes, se fores eu vou também, MJSJS (L)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lembras-te?

Lembras-te de como sempre dizias que a melhor maneira de aprender era vivendo? Pois, eu lembro-me. Não era que o dissesses muitas vezes, mas ambos sabemos que quando o dizias era por razões especiais, não necessariamente boas, mas que te foram essenciais.
Começo a achar que foi melhor assim. Até hoje queixei-me muitas vezes da vida que tinha, e nunca me apercebi de que ela era perfeita. Até hoje sempre pensei que sofria muito em certas ocasiões, e agora vejo que verdadeiramente, nunca sofri. Sofro hoje, mas até hoje eu não sofria, até hoje sentia um ligeiro mau estar, não chegava a ceder uma única lágrima, nem sei se dor tinha. Hoje é exactamente o contrário. Mas sabes porque? Porque tu estavas sempre lá. Tu não deixavas a minha vida ficar miserável, e tu não deixavas que eu sentisse dor. Se pudesse, eu hoje ligava-te e dizia-te o quanto te amo, as vezes que pedisses e ainda mais algumas, e dizia também que eras o melhor do mundo, e no fim iria chorar por te ter de volta.
Mudaste os meus conceitos à cerca de muita coisa, mas acho que já aprendi. Já passou um mês e pouco, já chega, eu já aprendi, eu imploro-te, volta!
Lembras-te de quando víamos house e tu dizias "qualquer dia somos nós ali", e eu mandava-te logo com a almofada, e insultava-te? Hoje, hoje iria dizer-te que se algum dia aquilo acontecesse eu iria estar lá a dar-te a mão, e iria-te abraçar nesse momento, e dizer que gosto muito de ti. Coisas que já sabes, mas que te são essenciais.

Não preciso de ser feliz, mas preciso de ti aqui comigo

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Às vezes gostava de saber fazer magia

Hoje, mal pus um pé fora do meu apartamento e o vento passou lenta e caridosamente na minha cara, fazendo com que o meu cabelo esvoaçasse lentamente, soube que não o deveria fazer. Não! Antes disso. Mal abri os olhos de manhã para a parede branca do meu quarto, soube que hoje não era um dia para ir sair, para ir socializar com a mínima pessoa que fosse.
Hoje ainda não recuperei da dor de ontem, e duvido que amanhã isso aconteça. Hoje nem o sorriso falso do costume consigo fazer. Vejo que à minha volta há muita gente preocupada, agradeço, mas hoje não me apetece falar, a sério.
Sou fraca, eu sei.
As emoções apoderam-se de mim, e eu, como qualquer outro ser humano que se deixa ir com o vento, deixo-me ir com elas. O problema é que chegam a ser contraditórias, fico confusa, não sei para onde ir.
Sei que se digo o teu nome, se falo de ti, se penso em ti, desaba tudo em cima de mim, e eu não quero. Com isso vêm sempre mais preocupações, mais perguntas, mais palavras para a força que não tenho, e não preciso disso aqui e agora.
Gostava de aprender magia. Só para poder fechar os olhos, estalar os dedos, e para quando os abrisse tudo à minha volta desaparecer. Seria tão mais fácil estar sozinha. Os laços de relações, sejam elas quais forem, começam a ser coisas que me proporcionam mau estar. Se pensarem, é fácil quando estamos sozinhos, porque nada nos pode ser tirado.
Claro que haveriam bases indispensáveis para eu sobreviver, e tu és uma delas. Porque nunca ninguém me mostrará tão bem como tu, o verdadeiro significado de um sorriso, da felicidade, no seu estado mais puro.

As lágrimas continuam e eu repito, não preciso de ser feliz, mas preciso de ti aqui, comigo!


domingo, 25 de abril de 2010

Difícil de definir

Agradeço, mas não preciso de abraços e frases bonitas. Chega! Parem de dizer que vai ficar tudo bem, parem.
Sinto coisas que não sei definir. Nunca as senti antes, e acho que nunca ninguém me contou que as tivesse sentido. Acaba por ser difícil de definir.
Sinto uma angústia enorme, e quando, como chuvas no deserto, as minhas lágrimas cedem, não cessam. E aí torna-se quase impossível de respirar. A dor é tanta, parece que não vai sair nunca. Eu imponho-me contra isto, e enquanto as lágrimas caem eu tento para-las, mas a dor é mais forte, e elas continuam, numa luta delas por mim, para mim, contra mim, sem descanso. Chego a ficar horas assim, sozinha, de porta trancada, agarrada a mim própria, chorando violenta e silenciosamente.
Deito-me, e quando acordo quase que está tudo bem. Sinto-me uma pessoa nova, apesar de a dor permanecer, já não há mais água para humedecer a areia do deserto.
Assim, saio do meu quarto, com o mesmo sorriso falso de sempre, que tal como a minha ironia, nunca ninguém tem a certeza de quando o uso.

Não quero ser feliz, mas quero-te aqui comigo.

sábado, 24 de abril de 2010

Bernardo Soares

Toda a vida da alma humana é um movimento na penumbra. Vivemos, num lusco-fusco da consciência, nunca certos com o que somos ou com o que nos supomos ser. Nos melhores de nós vive a vaidade de qualquer coisa, e há um erro cujo ângulo não sabemos. Somos qualquer coisa que se passa no intervalo de um espectáculo; por vezes, por certas portas, entrevemos o que talvez não seja senão cenário. Todo o mundo é confuso, como vozes na noite.

É lindo não é? Leiam Bernardo Soares, a sério.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Há sempre "não saberes"

Escrevo, leio e apago. Escrevo, leio e apago. Tem sido assim hoje.
Parece-me estranho; o que mais puramente sinto é o que mais dificuldade tenho em expressar. Talvez por ser confuso e contraditório. Talvez por não o ser.
O artificial começa a parecer-me natural, e o natural, artificial. Não sei.
Quem sou, o que quero, o que faço, para quê, para quem,... Não sei. Faço porque gosto, porque sim ou porque não, porque pedem ou exigem. Não sei. Tenho razões para viver? Não sei. Tenho razões para morrer? Não sei.
A vida está feita de "não saberes", e é por isso que a continuo. É a emoção do não saber do amanhã que me vai enchendo os pulmões, e às vezes surgem impulsos, leves como a àgua da chuva que vai caindo lá fora, que me fazem respirar um pouco mais, e é quando pequenos cortes se abrem, e não abrangem só os pulmões, abrangem todo o meu corpo.
Há quem se queixe do sofrimento; eu gosto dele. Quanto mais me magouo melhor me sinto. Parece estranho sim, mas sofrer eleva-me. Há coisas que só se aprendem com feridas, ninguém vai lá com avisos, só com acções.

É na harmonia entre o natural e o artificial que consiste a nossa superioridade

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Uma imagem nem sempre vale mais que mil palavras.

Já houve alturas em que não sabia viver sozinha, e agora não sei viver com alguém.
Manter uma conversa com alguém dói, quase como uma tortura, em que milhares de agulhas são espetadas nos pontos mais sensíveis do nosso corpo.
Peço-vos que imaginem um quadro. Preto. Preto da solidão desejada, do vazio que agora me governa. Agora façam um ponto branco no meio, quase imperceptível, pequeno, mas não fraco, reduzido a si mesmo, mas não necessariamente infeliz.
Se alguém, algum dia, fizesse um quadro destes, seria um corajoso. As criticas seriam péssimas; ninguém iria conseguir perceber o seu significado, e provavelmente nem se davam ao trabalho de encontrar o ponto branco, e se o encontrassem, iriam interpreta-lo como uma falha do pintor.
Mas se alguém pintasse um quadro, exactamente com o mesmo significado, e substituísse o preto pelas mais variadas cores, esse sim, seria aquele reconhecido. Acho que as cores transmitem sempre qualquer coisa a quem observa, mas quando variadas, não uniformes.
Talvez por isso, como um pintor tenta enganar quem aprecia os seus quadros, eu tento enganar quem me "aprecia" a mim.

Agora cada um tira as suas conclusões.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sextas-feiras

Era sexta-feira, mais ou menos duas horas da tarde. A caminho de casa havia uma rua estreitinha, e eu passava lá, todas as sextas-feiras. Todas as sextas-feiras estava, a um canto, sentado de pernas cruzadas, um rapaz. Não teria mais que 8 anos, mas o seu olhar pertencia já a uma pessoa 10 anos à frente. Não era uma criança fora do vulgar, pelo contrário. Era moreno, de cabelos pretos e olhos castanhos claros. O seu olhar penetrante não deixava ninguém indiferente, mas o rapaz não olhava para as pessoas, olhava sim para a parede que se encontrava à sua frente. Não importava a quantidade de pessoas, o seu aspecto ou até o seu cheiro, nunca vi os seus olhos moverem-se.
Nunca dei muita importância, mas comecei a achar estranho, sinistro. Achei que secalhar não fosse má ideia perguntar-lhe se estava bem, ou até tentar saber algo mais.
Uma sexta-feira decidi sentar-me a seu lado, de pernas cruzadas também. Foi como se nada tivesse feito. O seu olhar voltou a não desviar-se. Pensei então que talvez seria melhor meter conversa, para ver se ele reparava que eu estava mesmo ali.
Perguntei-lhe então como se chamava. Passaram 5 minutos e os seus olhos continuavam iguais, a sua posição também. A boca não se abrira um milimetro que fosse.
Já tinha perdido a esperança de uma resposta, e agora não sabia se me deveria ir embora ou apenas continuar ali, à espera que o nada acontecesse. Parece que me leu a mente. A sua cabeça rodou, olhou-me fixamente e soltou as primeiras palavras "De que te serveria saberes o meu nome? Amanha serei um desconhecido de novo para ti". Houve uma pausa, não sabia que responder, ele fitava-me, mas não ansiava uma resposta também. "Sento-me aqui diariamente, e tento imaginar o mundo ideal. Um mundo em que todos valorizassem os sentimentos, e não o poder, a fama ou o dinheiro. Que as pessoas deixassem de acreditar que o que guia a vida é a razão, porque não é. Já pensaste nas inumeras coisas sem explicação que existem? Eu continuo a pensar, e quanto mais faço por isso mais a lista aumenta. Talvez um dia acabem por admitir que a razão só acaba por destruir a ideia de vida, e que o poder e o dinheiro não passam de simples miragens, ilusões. Há já algum tempo que deixei de acreditar num mundo ideal, mas acredito num mundo equilibrado. Um mundo em que te defines pelas acções que fazes e não pela quantidade das que tens na bolsa. Sabes, são milhares as pessoas que aqui passam, e nenhuma me vê. Olham de lado, mas fingem não ver. Talvez seja isso, os problemas, quando presentes olham-se de lado, não se enfrentam. Se há coisa que todos somos é fracos, cobardes, egoistas, crueis, interesseiros, oportunistas, vagabundos que o não admitem, e poderia estar aqui até amanhã, mas não vale a pena, porque tudo se resume a uma palavra, incompreensiveis. Isto que digo hoje, amanhã mudará. O mundo está constantemente a virar, a crescer, a mudar, a evoluir. Dizem eles."
E dito isto tocou-me no braço, sorriu, virou-me as costas e eu fiquei ali, estupefacta, a olhar a parede até anoitecer. Agora, aquele canto é ocupado por mim, agora sou eu quem todos olham e não vêm.

[SoraiaOliveira, até que merecias melhor, mas por enquanto é o meu máximo. Amo-te (L)]

domingo, 11 de abril de 2010

(?)

Porque é que vemos sempre aquilo em que queremos acreditar e nunca acreditamos naquilo que vemos?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

É complicado

É engraçado como dum momento para o outro perdes tudo, e ainda é mais engraçado que quando precisas realmente de apoio não o tens.
Não espero compreensão, nem mudança de atitude, não sei, mas não espero nada.
Começo a gostar disto, começo a gostar de sofrer, e ver tudo à minha volta a cair. Começo a gostar de não receber mensagens durante um dia inteiro, e de ninguém meter conversa comigo mal entro no msn. Começo a gostar das bocas e das repreensões, até dos desprezos e dos meus arrependimentos. Começo a gostar disto, começo a gostar de sofrer, e ver tudo à minha volta a cair, porquê? Não sei.
Dizem que não há nada sem acreditar, e não, já não acredito em nada, e dificilmente em alguém! Já houve alturas em que acreditava por mim e pelos outros, e sei que ainda há agora quem acredite por mim; vai ser uma época dificil para ambos, porque neste momento ser feliz não está nos meus objectivos, e sei que grande parte se vai fartar disso.
Apenas quero sofrer, sofrer, sofrer...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Isolamento

Isolamento? Isolamento para mim não é sinónimo de cobardia, medo, nem tão pouco de loucura. Para mim só é verdadeiramente capaz de se isolar quem luta, corajosamente, para conquistar a liberdade, a felicidade, até vencer os seus próprios medos. Talvez acabe por ser sinónimo de loucura sim, mas não a loucura pela qual somos julgados, mas sim aquela loucura que nos eleva ao auge, mas que ninguém que olha superficialmente entende.
Muitos consideram que o importante para sobreviver neste mundo é ser forte, eu considero que o importante é tu sentires-te forte. Acredito convictamente que na vida, é importante medires-te a ti próprio pelo menos uma vez, é importante encontrares-te pelo menos uma vez nas situações mais adversas da condição humana. Não sei se me estás a entender. O que quero dizer é que deves enfrentar os teus piores medos pelo menos uma vez, sozinho, sem nada para te ajudar, apenas as tuas mãos e a tua própria cabeça.
Um dia vou ser capaz de me isolar, vou ter força para isso. Por enquanto sou apenas mais uma como tantas as outras e eu própria tenho nojo de mim mesma, porque não me sinto forte, não me sinto forte para nada, e deixo-me levar, e talvez o mundo me deixe também para trás, mas sinceramente? Pouco me importa, são muito poucas as coisas que ainda me mantêm aqui.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

E é por isto que nunca devemos desistir.

A felicidade é uma coisa que todos queremos, mas é também a mais difícil de obter.
Nada na vida é fácil, e todos os dias são como um jogo, um jogo que devemos vencer. Mas às vezes parece que as desigualdades se elevam e nos prendem, e é aí que perdemos as razões para nos continuarmos a esforçar, para continuarmos a tentar. E o 'escapar' agarra-nos pela mão e diz-nos para, simplesmente, deixarmos ir, e nós ouvimos. E desaparecemos, e o mundo deixa-nos para trás.
As nossas vidas tornam-se inacabadas, peças partidas de promessas não cumpridas, e nós somos cortados, bem lá no fundo, pelo pior dos arrependimentos, porque deixámos de tentar, sem nunca perceber que afinal, a felicidade estava mesmo à nossa frente, que bastava esticar o braço, talvez dar mais uns passos, para a alcançar. E se nós tivessemos simplesmente lutado para manter as nossas cabeças acima da água, se tivemos lutado com mais força para caminhar sobre uma estrada fria e completamente destruída nós teríamos encontrado um chão sólido, sonhos a voar, onde podiamos pegar num e concretizá-lo, e o amor, à espera, para penetrar a escuridão que até agora tinha estado sempre presente.
E é por isto que nunca devemos desistir.

Na vida podes fazer duas coisas, a coisa certa, e a coisa errada.
O que nunca podes fazer é nada.

sábado, 3 de abril de 2010

it's o-v-e-r .

Provavelmente perdi-te, mas já pouco me importa. Não vou chegar ao ponto de dizer que foste a pior merda que eu podia ter arranjado (como tu já disseste) mas a partir de hoje, é olhar em frente, e acreditar, desculpa, saber, que há melhor que tu por ai.
Não precisas de mim? Óptimo, a minha intenção nunca foi faltar-te.

"Eu não queria acabar, pois prometi a mim mesma que tudo podia acabar menos nós, mas tem de ser, eu não aguento mais".
Sabes, adoro recordações
.

terça-feira, 30 de março de 2010

GS (L)

Muita gente quer o verão, e estão o ano todo a dizer 'ai no verão é que vai ser' 'ai, eu quero é o verão', e quando se pergunta por quê dizem 'epá não há aulas, está calor, dá pra ir pá praia e pá piscina'. Eu também chego a desesperar de esperar pelo verão, mas quando pergunto a mim mesma por quê, a razão principal és tu.
Por que és o único que me salta em cima e me acorda com um beijinho no nariz. És o único a quem faço o pequeno almoço e ofereço o meu colo enquanto vês e comentas tudo o que passa na televisão. (Já te disse que às vezes fico surpreendida com a tua capacidade de observação?). És o único que escolhe a minha roupa antes de irmos para a praia ou para o cinema, o unico que mexe nas minhas coisas e pode sempre usá-las. És o único a quem faço o jantar (massas com azeite e mozzarela). És o único que toma banho comigo. És o único com quem vou às compras de mão dada. És o único que adormece a mexer-me no cabelo.
Eu gosto de quando gozas comigo por não saber falar italiano, e gosto de quando te ensino a contar em inglês. Gosto de te ouvir falar porque tens o melhor sotaque do mundo. Gosto de ouvir a rádio e cantar contigo. Gosto de quando amuas e fazes cara de mau. Gosto de quando me bates e começas a fugir, e de quando me dás beijos na boca à frente de toda a gente por saberes que odeio. Gosto de quando fazes aquelas fitas irritantes e sou eu que tenho que ir falar contigo. (Lembrei-me agora de uma vez em que eu estava a chorar e tu, sem fazeres nenhuma pergunta, abraçaste-me; e sem dizeres nada limpaste-me as lágrimas com a tua camisola. Nem parecias ter a idade que tinhas). Gosto quando estamos a pintar um desenho e tu pintas tudo menos a folha. (Lembras-te de quando pintámos a roupa um do outro e tivemos que a esconder para ninguém a descobrir?). Gosto de quando passas meia hora a frente do espelho a fazer mil e uma caras. Gosto de quando me pedes para te ler uma história ou até para te lavar os dentes. Gosto de quando estamos quase a dormir e me pedes um copo de água.
Lembrei-me de outra coisa completamente diferente, mas que sei que nunca vou esquecer. Um dia, quando estávamos deitados e quase a adormecer, perguntaste-me para onde é que iamos depois de morrer, e eu disse que nos transformavamos em estrelas e ficavamos no céu para sempre, e tu perguntaste se todos tinhamos que morrer e eu disse que sim, porque o céu não vive sem estrelas e tu começaste a chorar e abraçado a mim disseste 'eu não quero que tu morras cati'. Juro que nunca senti tanto orgulho como nesse dia, nessa noite. E no dia a seguir fomos à serra ver as estrelas.
Eu quero o verão para te ir buscar a Roma e trazer-te para ao pé de mim, porque sim, eu preciso de tudo o que me dás, e preciso desse sorriso lindo, desses olhos verdes e desse cabelo castanho claro sempre ao meu lado. É incrivel ser um amor tão grande porque eu só te vejo uma vez por ano, exactamente no verão.
Podes contar sempre comigo.

Mais que um primo? Um irmão, melhor puto da minha vida.
2003 (L)

segunda-feira, 29 de março de 2010

' Tu és a coisa mais doce que me aconteceu'


Meu amor, eu não quero saber se comemorámos o nosso primeiro ano ou não. Era um dia, era esse dia, que nos ia fazer mais, ou menos felizes? Não creio.

Eu não sei quanto a ti, mas eu, eu não sei o que significa vida sem ti, não conheço a felicidade longe de ti e tão pouco sei do meu verdadeiro sorriso quando a minha mão está longe da tua.

Vamos recordar os velhos tempos. Antes de te conhecer achava que eras uma pita qualquer, com uma mania impossível -.- (só porque és linda $:), mas quando me fizeste um comentário ao hi5 e me pediste o mail vi logo que estava errada, desculpa $: Sabes uma coisa? Não guardei as nossas mensagens, mas ainda me lembro da nossa conversa, daquele ‘amanhã cumprimentamo-nos na escola? $:’, e de todos aqueles ‘és linda $:’. Não me lembro se no dia a seguir demos um abraço ou um beijinho, mas não me interessa, foi a partir desse abraço ou beijinho que começou a crescer a confiança. Vinhas ter comigo muitas vezes, e sorriamos juntas. Houve vezes que vieste ter comigo a chorar e eu olhei para ti e abracei-te, a chorar por dentro também. Que fique aqui bem esclarecido, eu não te quero a chorar NUNCA estás a perceber? NUNCA! Houve aí um tempo em que nos afastamos, creio que um pouco antes das férias da Páscoa, porque lembro-me perfeitamente de receber as tuas mensagens nas férias a dizer ‘porque é que nos afastámos? Não quero. Vamos tentar de novo, para ser para sempre’. A partir dai nem nos saímos mal, tivemos sempre altos e baixos, o normal.

Agora? Agora estamos tããão distantes uma da outra, mas curiosamente estás comigo mais que nunca. Podemos passar 3 meses sem nos vermos, mas o sentimento só cresce mais. Além de dar mais valor a estar contigo, as chamadas, as mensagens, as dedicatórias, valem por tudo. Todos os amo-te’s são o mais sinceros possíveis. Nunca pensei gostar tanto de ti, a sério $:

Neste momento apoio-me em ti para tudo. Sabes cada pormenor da minha vida, e não sei como, arranjas sempre as palavras ideais para me ajudar. Consegues como ninguém meter-me um sorriso na cara. Eu quero tanto retribuir tudo Adriana, tenho tanto medo de não conseguir.

Sei que jamais me vais desiludir ou deixar ficar mal. Neste momento, tal como as tuas iniciais indicam és o meu AR, portanto, não me deixes, nem hoje, nem amanhã, nem nunca. Eu vou precisar sempre da tua mão aqui, dos teus abraços, do teu carinho, das tuas cabeçadas, dos teus telefonemas, das tuas gargalhadas, de TUDO, tudo o que me dás. Entende uma coisa, és tu que me fazes erguer a cabeça e olhar em frente, és tu que me dás forças para enfrentar aquilo que sem ti nem me atreveria a tentar. És o meu sonho, e a minha realidade, não sei, supostamente são dois opostos, mas é só para saberes que fazes do impossível possível.

AMO-TE MAIS DO QUE ALGUMA VEZ POSSAS CALCULAR ADRIANA FLÁVIA SANTOS ROQUE @


[texto muiito incompleto, sei que quando leres isto me vou lembrar de mais mil e uma coisas para te dizer :$]

sexta-feira, 26 de março de 2010

Se querer fosse poder...

Não sei se estar feliz neste momento é bom ou mau. Não sei se é um acto de puro egoísmo ou se era aquilo que tu querias. Sei que queres que eu seja sempre feliz, dizes-me isso cada vez que estás comigo e dizes também que aconteça o que acontecer eu sei que tu gostas muito de mim, e que sou a miúda mais importante da tua vida.
Não te vejo há já um mês, ia estar contigo amanha, e simplesmente não posso. Eu quero ir ter contigo o mais rápido possivel, estejas onde estiveres, aqui, ou na índia.
Podes não saber porque nunca to disse, mas por ti fazia tudo, tudo tudo. Fazia como nos filmes que vemos juntos, dava a volta ao mundo a correr, roubava um avião e até tentava tocar no céu. No fundo? No fundo dava a minha vida pela tua.
Eu juro que quando for ter contigo salto para cima de ti, mesmo que seja no meio da rua, não quero saber o que os outros pensam.
Preciso de ti rápido, para ver filmes, para ir ao café, para me trazeres comida à 1 da manha, para me dares aquelas explicações secantes de história, para me envergonhares, para me fazeres crescer, para me ajudares, para me fazeres rir, para me contares as tuas histórias de infância, para me mostrares aqueles álbuns de fotos do século passado, para me ensinares a falar alemão, para teres paciência quando demoro 2 horas a arranjar-me, para me chamares à razão, para me abraçares e para me dizeres 'és o meu maior orgulho, e faças o que fizeres, continuarás sempre a sê-lo'.
Preciso de ti para me fazeres feliz!

Amo-te, e se querer fosse poder neste momento estavas aqui comigo (L)

terça-feira, 23 de março de 2010

Amor Platónico


Tenho um amor platónico, o que me leva a crer que sou especial.
Porquê? Porque todos os grandes senhores conceituados neste mundo, desde há V séculos atrás até hoje, o têm. É uma das coisas que eu gosto de aprender em literatura, identifico-me com os pobres coitados, que sofrem da coita de amor, pela leviandade do seu amor (hoje tive teste de história, daí a linguagem cuidada e o carago) .
Antes de continuar esta magnifica viagem ao interior da minha alma, vou explicar o que é um amor platónico, só para não haverem duvidas.
Amor platónico - Amor ideal, não se fundamenta num interesse (mesmo o sexual), mas na virtude.
Passando eu, os meus santos intervalos a admirá-lo, passando eu todas as santas aulas a falar nele, passando todo o meu santo dia com ele na minha santa cabeça, acho que até o podemos afeiçoar a um amor platónico. No fundo somos todos santos e só penso nas virtudes dele (aa)

Amanha não o vou ver e vou 'morrer de nojo' todo o meu santo dia. Vai sobrar para a andreia filipa rodrigues, que me vai aturar deste as 7.30 até às 22.30. Obrigado meu amor *-*
g.a


sexta-feira, 19 de março de 2010

Faltava-nos o medo.

O medo não é o contrário da coragem. Nasce-se com o medo dentro de nós; o medo é parte integrante da condição humana. A coragem aprende-se. O medo não é derrotado pela coragem: é vencido pela honra. A honra não tem medo de nada. A coragem tem medo de tudo. Ainda não aprendêramos que quem se serve do medo pelo medo, não raro torna-se servo do pior dos medos: o desespero de não aprender a ter coragem. No entanto, não devemos desistir; e porque a vida é, também, enfrentamento, no que diz respeito a desejos nunca nos devemos dar por satisfeitos.

terça-feira, 16 de março de 2010

O passado não volta mais

Tenho tanto para dizer, e não sei se posso, se deva, nem como o expressar.
Anda tudo na pior confusão de sempre, e sinto-me presa. Quero agir livremente e não consigo, porque tenho sempre medo das consequências, apesar de no fundo já não haver nada a temer. Sempre assim fui e sempre assim serei. Acreditem ou não preocupo-me mais com a felicidade dos outros do que com minha própria, e isso muitas vezes prejudica-me, bastante!
Há uma coisa de que estou certa, o passado não volta mais, e acho que já o deixei voltar vezes demais, acabou! Posso-me arrepender das merdas que faço, mas não abdico delas.

Só quero agradecer mesmo à Adriana Roque e à Salomé Soares, são elas que me dão tudo o que tenho @

sábado, 13 de março de 2010

São tempos complicados

São tempos complicados.
São tempos complicados porque nada bate certo. São tempos complicados porque não me sinto segura; capaz de actuar. São tempos complicados porque já não acredito em mim, ou no que quer que seja. Tento ver sempre o lado positivo das coisas. Tento. Mas não dá! Vou-me isolando, porque acho que já nada mais há a fazer.
São tempos complicados porque sei que esgotei as forças, e por dentro morri. Sinto a enorme necessidade de virar as costas a este mundo. Preciso de ar, de correr, de fugir, talvez num acto de cobardia sim, mas acima de tudo desespero. Não aguento mais. Não quero mais isto.
Preciso de ter tudo de volta. Preciso dos sorrisos, da felicidade constante, dos sonhos, do brilho nos olhos, da paixão por tudo. Apesar de tudo sei que um dia, um dia ainda vou tocar o céu.

Por agora? Por agora peço indiferença a quem só me quiser magoar, obrigado.

sexta-feira, 12 de março de 2010

JM

"... eu nunca te esqueço, todos os dias me lembro de ti e sabes que me preocupo contigo. mais uma vez desculpa :x tu és das melhores e eu nunca te quero perder. AMO-TE (L)"

E são mensagens como estas que me fazem acreditar que ainda posso ter o mundo na minha mão, são mensagens destas que me mostram que ainda há quem realmente me mereça, a mim e à minha felicidade. Não; ainda não voltei ao que era, e provavelmente não vou voltar. Não vou dizer que prefiro assim, mas não desgosto.

Obrigada JM,
eu AMO-TE (L)

sábado, 6 de março de 2010

Indiferença

Indiferença - desinteresse; insensibilidade.
Indiferença é a palavra que define o meu estado de espírito. Perante ti, perante mim, perante tudo e todos.
Cansei-me. Não consigo integrar mais nada nem ninguém. Em mim; no que é meu, por muito que queira, não dá!
O que mais gosto é toda a gente, no fundo, ser assim, mas toda a gente, fica indignada quando digo isto. Enfim, deixa-me com um ligeiro mau estar.

É só pa dizer que caguei mesmo pa tudo. Quem quiser fica, quem não quiser adeus.


domingo, 28 de fevereiro de 2010

Português, qué isso?

Ontem estive a (tentar) estudar portugues. Hoje tive teste, e ya, vai ser pai um 11 (se não pior).
Mas agora vem a parte em que faço uma pergunta, bastante filosófica: Para que é que serve aquela merda? Só pode ser para me levantar o cu da cama às 7.30 da manhã, para ter aulas uma hora depois e ouvir a voz melodiosa da senhora professora, que nem deve saber o significado da palavra EXPLICAR como deve ser -.-
Opa eu até que sei escrever (não é textos, é mesmo sem erros), e até sei falar, não é isso o suficiente? Para que é que eu tenho que saber se um verbo está no pretérito perfeito composto do indicativo ou se está no pretérito mais que perfeito do conjuntivo? Ahh, deve ser para estar a pensar antes de falar, em qual é que fica melhor! E os nomes? Ah, deve ser para aprender que o sapo não é humano. E os advérbios? Esses é que não sei mesmo, nem consigo perceber para que é que servem -.-
Já chega de exemplos. Mas percebem-me? É que a gramática tira-me do sério! Quem a inventou devia morrer .|.
Portanto viva a literatura, que não tem gramática nenhuma *-*

Amo-te F.C.P


E aquele apertozinho na barriga sempre que estás prestes a entrar em campo? E aquele nervosismo o dia todo, quando sei que vais enfrentar um grande clube? E aquela felicidade que vem sempre no final? É verdade que não somos sempre felizes, mas também ninguém o consegue (quando conseguir liguem-me sff (a) )
Quando estás lá no campo os meus olhos brilham, e por momentos volto a ser uma criança, que grita e salta de emoção, e durante aqueles 90 minutos nada mais existe, só tu. São 90 minutos em que só me interessa ganhar, mas mesmo quando isso não acontece grito e salto por ti. Durante esses 90 minutos os meus sentimentos são levados ao extremo dos extremos, como nunca!
Eu gosto tanto quando falam mal de ti, porque sabes o que significa? Inveja! 'Ah e tal, são uns ladrões', 'ah e tal, só são campeões porque compram estes e aqueles'. Ah ya, eu também acho que sim, aliás durante 4 anos consecutivos compramos árbitros todas as semanas, e durante 4 anos compramos árbitros não só para nós, mas também para os outros, é que opa tinhamos que ter a certeza que todos perdiam menos nós. Enfiim, enfiim -.-
Quando perdemos andamos nas bocas do mundo, quando ganhamos também, o que é fascinante *-*
Há muitos a tentar deitar abaixo, e há outros que são por serem. Eu sou porque acredito no teu poder, eu sou porque acredito que não me deixas ficar mal, eu sou porque me fazes acreditar que é sempre possivel vencer. Há quem diga que este ano podemos esquecer, mas a verdade é que somos os unicos que ainda estamos em todas as competições, porque será?
Já sei que agora vão dizer que sou uma exagerada de merda, que pareço uma pita, e que nem sei do que estou a falar, mas meus amores, eu quero é que vocês se fodam (;

AMO-TE F.C.P

sábado, 27 de fevereiro de 2010

'Não me perguntes porquê'



Tento sempre procurar o motivo porquê, o motivo de me cativares assim, mas talvez deva parar.
Tenho medo; sempre tive. As experiências passadas não ajudam, nem tu. Não tenho a confiança que devia ter em ti, não só por tua causa, mas de tudo o resto. E isso magoa, podes pensar que é só a ti, mas não é.
Por um lado eu quero não pensar em ti, porque sei que mais tarde ou mais cedo vai haver outra desilusão, e isto provavelmente vai acabar quando menos esperar, mas por outro só quero estar do teu lado, sentir-me nos teus braços, nem que seja por breves momentos.
As opiniões dividem-se, mas maioritariamente não estão do nosso lado. Não costumo ligar a isso, mas vai doendo cada vez mais, porque não sei dizer convictamente que estão erradas.

Se calhar preciso de tempo, aquele tempo que sei que não me vais ceder.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sonhar (?)

Não sei porquê, mas nos últimos tempos tenho tido alguma dificuldade em sonhar.
Toda a gente sonha, é certo. Eu sempre sonhei, e continuo a tentar, mas já não é igual. Acho que já não sei como se sonha. Não sei se tudo gira à volta das ilusões e desilusões que tenho tido, mas desaprendi a fazê-lo, e agora os sonhos são iguais aos poderes do super homem, bons, mas distantes; irreais; impossíveis.
Tenho saudades dos tempos em que sonhar era tão simples como respirar.
Já não acredito na união do mundo, perdi a credibilidade em todos os "amo-te's", e já não creio ser possivel tocar no céu. Guardei tudo dentro duma caixa. Uma caixa de cartão, azul e preta, grande, dentro da minha cabeça. Vou guardar tudo com cuidado, mas vou encher a caixa de fitas e agráfos, e quando estiver pronta, vou desfazer tudo. Vou cortar as fitas e arrancar todos os agráfos. Vou-me sentir livre e capaz, e aí? Aí vou pegar em todos os sonhos lá depositados e lutar. Lutar para que eles se tornem reais.

Talvez precise de tirar umas férias, e não é da escola, é do mundo, é das pessoas, é de
mim!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Whatever (;

O meu dia hoje foi tão bonito, até se dividiu em partes *-*
1ª parte (de manhã)-uma miuda, bué queridinha, bué falsa, a tentar foder-me.
2ª parte (à tarde)-um filho da puta que me andou a enganar durante uns tempos.
Digam lá que não sou bué sortuda :o
A primeira parte nem merece ser comentada, porque enfim, tenho mais que fazer na vida do que aturar pitas ranhosas.
A segunda parte é que me deixou, digamos, um pouco indignada.
O otário em causa conseguiu enganar-me, provavelmente, mais do que uma vez. Mas vocês sabem, a verdade vem sempre ao de cima.
Sinto um nojo incrível, porque não ouvi as pessoas mais importantes da minha vida, mas ouvi-o a ele, e decidi confiar. Porque? Porque tenho o pior defeito do mundo, penso sempre que as pessoas podem mudar, e no entanto, parece que isso nunca acontece.
Lembro-me de tudo, daqueles 'és minha', e daqueles ciumes e desconfianças impossiveis, e afinal, eu é que tinha razões para tudo isso.
So para ficar bem claro, já apaguei tudo o que tinha de ti, e se queres aumentar a tua lista comigo podes esquecer meu amor (;
Nem sei para quê tanto trabalho, muito provavelmente nem vais ver esta merda, mas enfim, é como gostas, fazer de conta que não se passa nada, como é que era? 'não dar nas vistas'? ahahah, tá tudo, és mesmo um boss tenho que confessar (;
Só espero que tenhas ao menos a decência de nunca mais me dirigir a palavra, porque metes-me mesmo muiito nojo, e perdi toda a consideração que tinha por ti, hasta :)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Preciso de tempo

Sinto-me frustrada. Parece que nunca nada está bem.
Apesar de ter recuperado muito do que já havia perdido, não me sinto completa. Estou rodeada de pessoas, e quando fico sozinha, sei que não estou completa. Provavelmente há mil e umas razões para não me sentir bem.
Tenho tentado evitar agarrar-me demasiado a certas pessoas, porque sei que mais tarde ou mais cedo, seja a relação que tivermos, vais acabar, mas não consigo! Não consigo porque no fundo fazem-me sentir bem, e acho que nunca conseguirei fechar os olhos a isso, e deixar de ser assim, e isso irrita-me! Acabo sempre por sofrer, e odeio ouvir 'eu avisei-te', porque desde o principio que sei que que essas pessoas estão certas. Talvez dê valor a mais a quem não me dá o suficiente.
Gostava de poder parar o tempo, só porque gostava de poder ficar sozinha, sem que ninguém sentisse a minha falta, sem que ninguém se sentisse excluído ou intrigado por isso, só quero o meu espaço, o meu tempo, para pensar e saber o que devo fazer amanhã.
Sinto um misto de emoções, e não as sei explicar, não sei explicar o porquê, nem o como, mas sei que não quero continuar assim, porque não aguento.

Escusam de fazer perguntas, porque não encontro quaisquer respostas.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

One Love, Berlin (L)



Falta 1 mês e 2 semanas, faltam 6 semanas, faltam43 dias, para matar saudades de 4 anos, durante 1 semana!
Não creio ser impossível, talvez difícil, mas não impossível. Apesar de estar tudo bem aqui, sinto necessidade de ir embora, não de virar as costas ao mundo, mas enfrentar outras realidades, afastar-me do meu mundo aqui e enfrentar outro completamente diferente,.
Tenho saudades enormes de tudo lá. Dos passeios, das conversas, das pessoas (dos meus primos ~~), da temperatura, da cidade!
Podem dizer o que quiserem, mas eu tenho um orgulho enorme em ser metade alemã. Chamem nazi, chamem a merda que quiserem, amo aquele país e sempre que lá vou sou preenchida de uma felicidade enorme, e sem conhecer lá nada, nem praticamente ninguém, consigo sentir-me em casa!
Ir lá ajuda-me imenso, volto completamente diferente e orgulho-me disso.

Berlin, Berlin, Berlin @

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Descrição do meu 'Eu' (a)

Achei por bem, antes de publicar mais algum texto, fazer uma auto-caracterização para quem não me conhece ter uma breve ideia de quem sou.
Sou, normalmente, simpática e divertida. Sou um ser social, aceito as criticas e raramente me deixo afectar pelo que dizem ou pensam (já lá vai o tempo (; ). Há alturas em que desanimo, por tudo e por nada, e é aí que aparecem os melhores amigos do mundo, que me ajudam sempre, sempre mesmo!
Revolto-me com a falsidade, preconceito e má vontade das pessoas à minha volta. Odeio estar a falar e sentir que não me ouvem, odeio pessoas que se fazem passar pelo que não são, só para conseguir o que querem, odeio futilidades e exuberâncias.
Muitas vezes procuro fugir da realidade, não porque sou uma menina mimada, que não sabe lidar com este mundo, apenas sinto que não sei quem sou ou o que faço aqui. Sou um ser em luta constante, por mim, pela verdade da minha pessoa, daí esta caracterização poder estar por vezes irreal.
Posso ser a pessoa mais infeliz do mundo, mas nunca, nunca o vou demonstrar. Só me lembro de ter chorado a sério duas ou três vezes na vida, e foram casos extremos, que acho que só partilhei também com duas ou três pessoas.
O meu maior defeito é deixar-me iludir, por tudo e por nada, e acreditar sempre que as pessoas podem mudar.
Epá caracterização física é que não, gosto muito de vocês todos mas o meu sonho não é ser raptada (;

Melhor Amiga (L)


Melhor amiga, quantas pessoas até hoje desejavam que já não o fosses? Quantas vezes pensámos que estávamos no fim, que já não havia mais por onde pegar e lutar? Já foram algumas, mas sabemos perfeitamente o que somos, o que devemos uma à outra, e isso é muito para alguma vez chegar um fim.
Todas as lágrimas, amuos e discussões são compensadas com a alegria de te ter, com os abraços que damos quando estamos juntas, com as palavras trocadas em cada chamada, ou até mensagens. Acordar todos os dias com as tuas palavras dá-me todas as forças que necessito para enfrentar o meu dia, acredita. Acredita também que dou cada vez mais valor a estar contigo. Estar contigo uma vez por mês (ou nem isso) tem mais valor do que se estivesse todos os dias, como já estivemos. Orgulho-me de ti e de mim, orgulho-me de nós, porque cumprimos o que prometemos, lutamos lutamos e lutamos, e no fim? No fim somos sempre as mais felizes do mundo!
Olho para trás e recordo tudo com um orgulho enorme. Já passámos por tanto, não vou permitir que nos separem nunca! Chamar-te melhor amiga, não chamo há um ano, mas considerar considero há mais de dois, pelo menos!

As palavras já não servem de nada, só o sentimento conta.

AMO-TE MELHOR AMIGA DO MUNDO!