segunda-feira, 26 de abril de 2010

Às vezes gostava de saber fazer magia

Hoje, mal pus um pé fora do meu apartamento e o vento passou lenta e caridosamente na minha cara, fazendo com que o meu cabelo esvoaçasse lentamente, soube que não o deveria fazer. Não! Antes disso. Mal abri os olhos de manhã para a parede branca do meu quarto, soube que hoje não era um dia para ir sair, para ir socializar com a mínima pessoa que fosse.
Hoje ainda não recuperei da dor de ontem, e duvido que amanhã isso aconteça. Hoje nem o sorriso falso do costume consigo fazer. Vejo que à minha volta há muita gente preocupada, agradeço, mas hoje não me apetece falar, a sério.
Sou fraca, eu sei.
As emoções apoderam-se de mim, e eu, como qualquer outro ser humano que se deixa ir com o vento, deixo-me ir com elas. O problema é que chegam a ser contraditórias, fico confusa, não sei para onde ir.
Sei que se digo o teu nome, se falo de ti, se penso em ti, desaba tudo em cima de mim, e eu não quero. Com isso vêm sempre mais preocupações, mais perguntas, mais palavras para a força que não tenho, e não preciso disso aqui e agora.
Gostava de aprender magia. Só para poder fechar os olhos, estalar os dedos, e para quando os abrisse tudo à minha volta desaparecer. Seria tão mais fácil estar sozinha. Os laços de relações, sejam elas quais forem, começam a ser coisas que me proporcionam mau estar. Se pensarem, é fácil quando estamos sozinhos, porque nada nos pode ser tirado.
Claro que haveriam bases indispensáveis para eu sobreviver, e tu és uma delas. Porque nunca ninguém me mostrará tão bem como tu, o verdadeiro significado de um sorriso, da felicidade, no seu estado mais puro.

As lágrimas continuam e eu repito, não preciso de ser feliz, mas preciso de ti aqui, comigo!


1 comentário: